O setor de petróleo e gás em 2025 segue em um momento decisivo. Enquanto a demanda global permanece elevada, as operadoras precisam equilibrar crescimento da produção com metas cada vez mais exigentes de eficiência e redução de emissões. Esse cenário pressiona a indústria a investir em novas tecnologias, revitalizar ativos maduros e explorar alternativas energéticas sem perder competitividade.
No Brasil, os números refletem esse movimento. A Petrobras registrou aumento de 5% na produção no segundo trimestre de 2025, alcançando 2,91 milhões de barris de óleo equivalente por dia. Grande parte desse avanço é sustentada pelo pré-sal, com destaque para a Bacia de Santos, que se consolida como a principal região produtora. A perspectiva é de investimentos superiores a US$ 1,5 bilhão em exploração neste ano, podendo chegar a US$ 2,3 bilhões até 2028, segundo projeções do mercado.

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Paralelamente, cresce a pressão por eficiência operacional. As operadoras estão focadas em reduzir custos e, ao mesmo tempo, incorporar tecnologias que diminuam a intensidade de carbono das operações. Isso passa por digitalização, monitoramento avançado de ativos e soluções de baixo carbono que já começam a ser aplicadas em unidades de produção.
Do lado da demanda, o diesel ainda é protagonista. O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) estima crescimento de 2,5% em 2025 e 2,8% em 2026, impulsionado pela retomada do setor de transportes e logística. Esse aumento exige uma cadeia produtiva capaz de responder com agilidade, sem comprometer a sustentabilidade e a segurança energética.
Apesar do dinamismo do pré-sal, o pós-sal apresenta queda na produção, impondo desafios de revitalização de campos maduros. Esse é um dos pontos em que inovação tecnológica e expertise em engenharia se tornam cruciais para prolongar a vida útil dos ativos e manter a competitividade do setor.
Mais do que nunca, petróleo e gás seguem como pilares da matriz energética global. No entanto, o futuro depende da capacidade de combinar investimentos consistentes, operação eficiente e compromisso com a transição energética. O Brasil, com suas reservas e expertise técnica, ocupa uma posição estratégica nesse movimento.