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Por que o ESG é relevante para o setor de óleo e gás?

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Tratar de sustentabilidade já não é mais novidade. O ESG é que é a sigla do momento – haja vista que as buscas envolvendo o tema cresceram 150% nos doze meses anteriores a fevereiro/22 –, e entender tanto o seu significado quanto a sua importância tornou-se algo crucial para qualquer empresa que ambicione um mercado expansivo, quiçá global.

Considerando que a maioria esmagadora das indústrias e multinacionais de sucesso estão investindo seriamente em entender, implementar, mensurar e comprovar os resultados dessa metodologia, você deveria estar seriamente preocupado se sua empresa não estiver também.

Em outras palavras, este cenário tem exigido das empresas uma nova forma de pensar e planejar as suas culturas organizacionais, levando em conta a necessidade da implantação da agenda ESG.

Agora, como ficam as companhias do segmento de óleo e gás quando se trata desse processo? É o que vamos descobrir agora, no decorrer deste artigo.

O que é ESG?

Fonte da foto: Freepik

A sigla de três letras, um acrônimo em inglês, significa “Environmental, Social, and Governance”, que em uma tradução livre para nossa língua materna significa “meio ambiente, social e governança”.

O conceito começou a ser utilizado no ano de 2004, em um relatório chamado “Ganha quem se importa”, feito pelo Pacto Global, braço da Organização das Nações Unidas (ONU) que, em parceria com o Banco Mundial, tem o objetivo de engajar empresas e organizações na adoção de princípios nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção.

Desde então, a sigla tornou-se sinônimo de sustentabilidade, e tem sido usada em diversos fóruns de discussão, relatórios de pesquisas, auditorias e, claro, em empresas bem-sucedidas mundo afora.

Assim a define o Pacto Global das Nações Unidas:

Uma empresa que está em conformidade com práticas ESG entende quais são seus impactos negativos e positivos na sociedade e consegue agir sobre eles. É necessário minimizar os negativos e potencializar os positivos, assim como equacionar os prejuízos já provocados.

ESG no setor de O&G? 

Mudar e se adaptar não é nenhuma novidade para o setor de óleo e gás, que constantemente precisa se renovar e adequar, especialmente às transformações tecnológicas. No entanto, esse olhar mais consciente das atividades fundamentais, capaz de agregar muito valor aos serviços, é algo que se faz presente há poucos anos – e ainda precisa se estabelecer por completo.

No entanto, rever suas políticas pensando em reduzir ao máximo o impacto negativo que seus serviços e produtos provocam ao meio ambiente é quase uma questão de sobrevivência para as empresas do segmento.

A consultoria Grant Thorton realizou um levantamento que confirma que boa parte do empresariado brasileiro já entendeu esse recado. Considerando um recorte com 255 empresas do midmarket brasileiro, 39% das companhias do país já estão desenvolvendo um plano estratégico com abordagem ESG; enquanto outros 54% pretendem investir em novos projetos no setor dentro de até um ano.  Além disso, quase metade (47%) das empresas consultadas apontou o pilar ambiental como prioritário em suas agendas. 

Além de vantagem competitiva, essa busca é uma exigência de boa parcela dos consumidores, cada vez mais prezando por companhias sustentáveis, que inclusive manifestam-se contra os nomes que não se encaixam nessas exigências de um mundo mais consciente.

Confirma esse grau de exigência a pesquisa feita pela agência norte-americana Union + Webster, e divulgada pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP). Segundo esse estudo, 87% da população brasileira prefere comprar produtos e serviços de empresas que se preocupam e agem de forma sustentável, sendo que 70% dos entrevistados disseram não se importar em pagar um pouco mais por isso.

Por tudo isso, é inevitável que as empresas do setor de óleo e gás não aumentem seus investimentos envolvendo o ESG, com o risco de perder muito espaço de mercado no caso de não se adequarem a essa nova realidade.

O que as empresas precisam fazer?

Sol brilhando em cima de barco na água

Descrição gerada automaticamente com confiança média

Fonte da foto: Freepik

O primeiro passo para tornar as práticas e princípios do ESG comuns em uma empresa é entender o propósito da empresa dentro de sua área de atuação, além de definir como isso irá afetar a sociedade. 

Portanto, mais do que uma empresa sustentável, é necessário contar com líderes capazes de pensar de maneira sustentável. Para Sonia Consiglio Favaretto, presidente do Conselho Consultivo da Global Reporting Initiative (GRI) Brasil, em conversa com um podcast sobre o assunto, há algumas qualidades que essa liderança precisa ter:

  • Pensamento multinível, ou seja, entender que é preciso ter uma postura abrangente; 
  • Inclusão dos stakeholders no processo de transformação, considerando-os parceiros na tomada de decisão estratégica; 
  • Pensamento de longo prazo: estabelecer metas ambiciosas e ações para atingi-las;
  • Inovação disruptiva. 

Além disso, é fundamental ter como grande aliada a tecnologia, capaz de afetar diretamente a eficiência e produtividade, sendo uma importante ferramenta na geração de consciência acerca do impacto do setor na sociedade. 

Só com as ferramentas corretas é possível encarar os desafios atuais com o olhar que o futuro exige. 

Sem mencionar o fato de que essas possibilidades também podem facilitar a comunicação em todo processo, envolvendo todas as partes interessadas – colaboradores, clientes e fornecedores. Dessa forma, cada parte pode se tornar consciente de sua real importância dentro desse contexto de mudanças.

Para além de uma despesa: o investimento em ESG

Enquanto é um paradigma para as empresas, a adoção do ESG também se demonstra um atrativo para novos tipos de consumidores que têm se mostrado cada vez mais exigentes, especialmente interessados no chamado consumo consciente.

Por isso, mais do que encarar essas mudanças como um gasto, é necessário que as companhias e seus administradores enxerguem a realidade: o ESG é um investimento.

Por exemplo: vale dizer que, ao validar devidamente as práticas de ESG com dados e métricas, as empresas passam a estar credenciadas nas linhas de crédito “verdes”, cada vez mais robustas, seletivas e criteriosas na hora de definir quem tem acesso ao cofre ou não.

Inclusive, fundos que lidam exclusivamente com empresas e negócios considerados sustentáveis se mostram numa tendência crescente, tendo se provado mais resilientes do que seus concorrentes. Isso acontece pelo fato de essas companhias adeptas do ESG compartilharem de uma visão de negócio de longo prazo, o que por natureza costuma torná-las menos frágeis durante as crises.

Como resultado desse processo, uma indústria mais madura tem emergido, capitaneada por profissionais cada vez mais conscientes de seu papel dentro da sociedade. Fica cada vez mais claro: empresas que não se importam com isso – está lembrado do título do relatório da ONU? – enfrentarão muitas dificuldades para tratar de estratégias, metas e produtos.

A Proper Marine entende a importância de ser parte dessa mudança, e você pode conhecer mais sobre nossa história e comprometimento com a sustentabilidade entrando em contato conosco. Conheça o nosso site clicando neste link.

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